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Património Arquitetónico
Conheça alguns dos pontos de interesse da Freguesia.
Telhados de “Tesouro” ou “Tesoura”
Ex-líbris da cidade: são telhados múltiplos, que nunca cobrem inteiramente um edifício, mas apenas cada uma das divisões.
Ao que parece não têm nenhuma função de recolha de águas da chuva, não têm nenhum fim utilitário.
Podem ter origens Muçulmanas na arte de construir ou poderão ser reflexo das relações marítimas com o Oriente.
Para além da rara beleza desta agitação angulosa, fica-nos (ficará sempre) o secreto desejo de visitar cada uma das centenas de salas cobertas por estes telhados.
Palácio da Galeria
Situado no Alto de Santa Maria (Calçada da Galeria), local de antigo povoado fenício, observando-se aqui alguns vestígios associados a práticas religiosas deste povo. Escavações efetuadas no átrio do palácio levaram à identificação de vários poços escavados na rocha e que foram interpretados como “Poços rituais fenícios” dos séculos VII-VI a.C., dedicados ao culto de Baal, deus das tempestades.
O edifício de feições barrocas assinala a época em que foi adquirido e habitado pelo ilustre magistrado João Leal da Gama e Ataíde, o qual promoveu a sua reconstrução em meados do século XVIII pelas mãos do distinto construtor Diogo Tavares de Ataíde.
É o núcleo central do Museu Municipal de Tavira, inaugurado em 2001, após obras de reabilitação.
Acolhe exposições que abordam a História e a diversidade do património concelhio, tendo ainda em atenção as novas expressões artísticas da contemporaneidade.
Portas de Reixa
A sua origem remonta ao período de ocupação Muçulmana. A mulher era prisioneira do enredado patriarcal, pelo que as reixas eram o único contacto com o mundo masculino.
Através delas, podia apreciar a vida do exterior sem ser vista de dentro.
Ao mesmo tempo, a casa era arejada sem devassar a intimidade. As ripas de madeira sobrepostas formavam múltiplos desenhos e geralmente são bastante trabalhadas.
Estas portas poderão ser vistas na Rua das Freiras e no Largo do Postigo.
Mercado da Ribeira
Edifício do séc. XX, de estrutura em ferro, era o mercado - praça da cidade e foi recuperado em junho de 1999 para funções de lazer e comércio, integrando lojas, estabelecimentos de restauração e bebidas, bem como um amplo espaço central coberto para utilização polivalente.
Castelo e Muralhas
É uma fortaleza militar islâmica, a partir da qual se desenvolveram as muralhas da cidade. D. Paio Peres Correia, mestre da Ordem de Santiago, conquistou a cidade ao Mouros, em 1242 e dois anos mais tarde, D. Sancho II entregou o castelo e o seu termo à Ordem.
O plano de defesa das fronteiras e das povoações desenvolvidas por D. Dinis incluiu as obras no castelo e na muralha. A muralha partia da margem direita do Rio Gilão, na direção sudoeste, estendendo-se pela Rua detrás dos Mouros, Bela Fria, Porta do Postigo até à Rua dos Mouros, donde infletia na direção nordeste.
Ainda hoje se veem algumas torres de proteção à muralha e panos desta disseminados por entre o casario. O interior, não muito vasto, está ajardinado. Do alto dos andares e das plataformas das torres, pode ver-se o que resta das antigas muralhas a sobressair ao casario, nomeadamente na Rua dos Mouros, na Rua Porta do Postigo e na Travessa D. Paio Peres Correia. Subindo a uma dessas torres poderá enfim fazer uma pequena pausa, desfrutando da beleza arquitetónica e paisagística.
É o melhor local para ter uma ideia abrangente da beleza rara que ainda hoje caracteriza a cidade de Tavira.
Quartel da Atalaia
Quartel datado de 1795 é um dos mais antigos do país. Neste edifício a arquitetura em evidência é a pombalina.
Edifício com fins exclusivamente militares, um elemento marcante no contexto urbano.
Biblioteca Municipal Álvaro de Campos
Antiga cadeia civil do séc. XX, foi reconvertida na atual Biblioteca Municipal, através de um projeto do arquiteto Carrilho da Graça.
Este é um local agradável constituído por sala infantil, de adultos, auditório, espaço de periódicos, bar e espaços verdes, que pretende assegurar a qualidade de vida da comunidade nos aspetos culturais, educativos, e científicos.
Ponte sobre o Rio Gilão
Desconhece-se a data em que foi erguida, sabendo-se que existiria aquando da conquista cristã.
Esta ponte tem características islâmicas que se evidenciam nos seus arcos. A ponte atual resulta da reconstrução no séc. XVII, que determinou a quase supressão das características originais.
Após as cheias de 1989, que destruiu 2 dos arcos, a ponte passou a ser pedonal.