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A União das Freguesias de Tavira - Santa Maria e Santiago

Informação sobre a Freguesia de Tavira e sua caracterização.

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A União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) é uma freguesia do município de Tavira, com sede na cidade homónima, resultante da reorganização administrativa do território das freguesias, aprovada pela Lei n.º 11-A/2013, de 28 de Janeiro, que agregou as duas antigas freguesias.

A antiguidade de Tavira foi sendo cimentada pela passagem de vários povos, gregos e túrdulos, que aqui chegaram pelo mar, entrando no rio Gilão. No início do século VIII esta terra algarvia foi pisada pelos romanos, que nos deixaram marcas comprovativas da sua passagem, como antiga cidade de Balsa.

Da época árabe registam-se alguns vestígios arqueológicos e é provável que no Alto de Santa Maria, no local onde hoje se localiza a Igreja Matriz, se situasse a Mesquita Maior. De Realçar que o geógrafo árabe Edrici (1099-1164) emprega o termo “Tabira” para designar um local “perto do mar”.

Em 11 de Junho de 1242, as tropas de D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago, tomaram este centro urbano aos árabes e nesse ano foi criada a freguesia de Santa Maria, tendo por padroeira Nossa Senhora da Assunção. Nesta conquista, padeceram 7 mártires (6 cavaleiros e um mercador) referenciados por Luís Vaz de Camões, na sua obra “Vês Tavira tomada aos moradores, em vingança dos sete caçadores” (Lusíadas, conto VIII, estrofe 25). Pouco tempo depois, em 1266, foi concedido foral de vila.

A freguesia de Santiago teve origem em 1270, ano em que o rei D. Afonso III, doa o seu padroado ao Bispo de Silves.

No decorrer dos séculos, Tavira tornou-se um centro de atividades comerciais, recebendo navios de diversas origens que aqui vinham comprar, entre muitos outros produtos, sal, peixe seco, alfarroba, vinho, fruta e diversos produtos agrícolas.
Tavira foi elevada a cidade em 1520 por D. Manuel I, que também lhe concedeu o segundo foral, por estar “muito povoada de fidalgos e cavaleiros e outra gente de merecimento”, sendo o principal porto comercial e o principal aglomerado populacional do Algarve. O porto de Tavira, sendo o mais próximo do Norte de África, favoreceu as relações marítimas e comerciais e contribuiu para a génese dos Descobrimentos portugueses.

Com o abandono das praças de África, a mudança dos mercadores e homens ricos para Sevilha perante as novas perspetivas do comércio com as Índias ocidentais, o assoreamento do rio e o aumento da tonelagem das embarcações, a atividade portuária acabou por se reduzir, contribuindo para a estabilização da população.

Em 1657, ficou pronta a ponte dos sete arcos que veio a substituir uma ponte medieval constituída por poucos arcos.

As funções de Tavira ficavam então muito limitadas às pescas, às salinas e à agricultura, com as produções tradicionais da exportação. A cidade das muitas igrejas e dos telhados de tesouro perdeu o seu bulício de outrora, estagnou por longos anos em termos económicos, demográficos e físicos. O crescimento urbano posterior ao século XVI e até meados do século XIX apenas teve expressão na ribeira e nos quarteirões da margem direita do rio e foram edificadas uma série de construções notáveis, que atualmente são parte integrante dos seus valores patrimoniais.

O presente texto foi gentilmente redigido por Óscar Caeiro Pinto, do Arquivo Municipal de Tavira.

Símbolos Heráldicos (brasão, bandeira e selo)

Caras e Caros Tavirenses,

A publicação desta brochura tem como objetivo dar a conhecer, a todos os tavirenses, tanto os de origem como os de coração, o processo de criação dos símbolos heráldicos que passam a representar a freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago).

O brasão e a bandeira são os símbolos oficiais mais importantes que uma freguesia tem para a sua própria identificação, refletindo a história e as características da mesma.

Quem conhece o processo sabe que é moroso e complexo e que depende da aprovação de várias entidades.

Assim, é com muita satisfação e orgulho que damos a conhecer os símbolos heráldicos da nossa freguesia, inspirados na sua história e que passam a fazer parte da identidade de Tavira.

Esperamos que todos se sintam representados nestes símbolos.

Este é um trabalho dedicado a todos quantos nasceram, cresceram, viveram e vivem na freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago).

O Presidente da Junta de Freguesia,
José Mateus Domingos Costa

O processo de criação dos símbolos heráldicos

Em virtude da União das Freguesia de Tavira (Santa Maria e Santiago) ainda não possuir símbolos heráldicos devidamente ordenados, entendeu o Executivo da Junta de Freguesia iniciar o processo de criação dos mesmos em 2024.

Após estudada a história da freguesia, bem como as atividades económicas, tendo em conta as leis e as normas da heráldica, e fruto da troca de impressões, foram elaboradas e apresentadas algumas propostas para brasão e bandeira.

De entre as propostas apresentadas o Executivo, em reunião de 3 de outubro de 2024, deliberou selecionar e aprovar a que remeteu à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses para a emissão do respetivo Parecer.

A Comissão de Heráldica irá pronunciar-se favoravelmente sobre a proposta, emitindo a 8 de outubro de 2024 o seu Parecer n.º 18/2024, no entanto, irá alterar o ordenamento da coroa mural, para quatro torres, e da bandeira, para esquartelada.

Atendendo a esta alteração, a Junta de Freguesia, não concordando com a mesma, irá remeter um pedido de retificação do Parecer, devidamente fundamentado, ao qual a Comissão de Heráldica irá aceder.

 

Ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo

A União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) solicitou a emissão de parecer sobre os símbolos heráldicos que pretende assumir. O Projeto de Brasão de Armas apresentado está de acordo com as regras heráldicas e pode ser aprovado.

Assim, esta Comissão é do parecer que os símbolos heráldicos da freguesia devem ser por esta forma ordenados:

Brasão: Escudo de púrpura, castelo de ouro, lavrado de negro, aberto e frestado de vermelho, com a torre central carregada com uma Cruz da Ordem de Santiago; em chefe ramo de laranjeira de prata, folhado do mesmo e frutado de vermelho posto em faixa; em campanha ponte de sete arcos de prata lavrada de negro, movente dos flancos e de seis burelas ondadas de prata, azul, prata, verde, prata e verde. Coroa mural de prata de 5 torres. Listel de prata com a legenda a negro “UNIÃO DAS FREGUESIAS DE TAVIRA (SANTA MARIA E SANTIAGO)”.

Bandeira: Gironada branca e púrpura; cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança douradas.
Selo: nos termos da Lei n.º 53/91, com a legenda: “União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago)”.

 

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Parecer n.º 06/2025, emitido pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses a 26 de março de 2025, nos termos da Lei n.º 53/91, de 7 de agosto.

Estabelecidos, sob proposta da Junta de Freguesia, em sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de 16 de abril de 2025.

Publicados no Diário da República, n.º 81, Série II, de 28 de abril de 2025.

Registados na Direcção-Geral das Autarquias Locais com o n.º 06/2025, de 6 de maio de 2025.

Brochura informativa

(Símbolos Heráldicos: brasão, bandeira e selo)

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Santa Maria

(D.R.III Série nº 255, de 04/11/97)
 
BRASÃO 
Escudo de prata, com uma esfera armilar de negro, circundada por um ramo de laranjeira de verde, frutada de três laranjas de sua cor e por um ramo de três espigas de trigo, de verde, os pés passados em aspa e atados por um torçal de vermelho; sotoposta, uma ponte de três arcos de negro, lavrada de prata, firmada nos flancos e movente de uma ponta ondada de três tiras de verde e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «TAVIRA» - «SANTA MARIA».
 
BANDEIRA
Verde. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
 
SELO
Nos termos da lei com a legenda “Junta de Freguesia de Santa Maria de Tavira”.
 
Área:  135,09 km², o equivalente a 13,520 hectares
Densidade: 65,4 hab/km².
 
Localização Geográfica: Inicia no litoral ao largo da Ilha de Tavira, estendendo-se pela margem esquerda do rio Gilão ate á zona serrana. 
 
Localidades da freguesia:
Águas dos Fusos, Almargem Altura dos Milhanos, Arraial, Asseca (sítio partilhado pelas freguesias de Santiago e Santo Estêvão), Barrada, Beliche, Bodega, Borracheira, Campeiros, Carriços, Capelinha, Cintados, Corte Besteiros, Corte Perdida, Cotovio, Cruz dos Colos, Curral dos Boieiros, Eira da Palma, Encruzilhadas, Fonte Salgada, Fornalha, Fuzeta, Malhada do São, Malhadinha do Poço, Mato de Santo Espírito, Pegada, Picota, Pocilgões, Casinhas, Poço do Vale da Vaca, Pomar, Quatro Águas, Ribeirinha da Umbria, São Marcos, Soalheira do Pereiro, Soalheira do Vale da Murta, Vale Cerva, Tafe, Taleiros, Tira Baixo, Umbrias do Camacho, Vale Caranguejo, Vale Covo, Vale Formoso, Vale de Junco e Zimbral.
 
Freguesia Limítrofes:                  
Nascente: Conceição, Vaqueiros e Odeleite.         
Sul: Costa marítima,  Santiago.
Poente: Cachopo, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santo Estevão.
Norte: Cachopo.
 
Distrito: Faro
 
Origem:  A origem da freguesia de Santa Maria remonta à ocupação desta área pelos povos gregos e túrdulos, que aqui chegaram atraídos pelo porto de mar.
 
Lendas Típicas: A Lenda do Poço Vaz Varela
 
População (das duas freguesias):
Número de habitantes - 15.432
(* dados censitários relativos ao ano 2021)
 
Desenvolvimento Económico:
Setor primário - pesca artesanal e apanha de marisco, sobretudo de viveiros, constituem uma das principais fontes de rendimento da economia local. Também a agricultura desempenha um lugar relevante, no domínio de produtos hortícolas, pomares de citrinos e sequeiro.
 
Setor secundário - destaca-se o papel da indústria hoteleira, que  se apresenta como o principal empregador nos hotéis, restaurantes e similares.
 
Setor terciário - está em desenvolvimento, quer ao nível do comércio, quer no que respeita aos serviços. Quem nos visita pode beneficiar de todos os serviços, comercio e uma vasta gama de produtos que satisfazem as necesidades.
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Santiago

(D.R.III Série nº 241, de 19/10/98)
 
BRASÃO
Torna-se Pública a Ordenação heráldica do Brasão, Bandeira e Selo da Junta de Freguesia de Escudo de Azul, castelo de ouro fretada de negro, carregando com uma cruz da Ordem de Santiago de vermelho e tendo na torre do meio uma bandeira de ouro fretada de vermelho com haste de negro; em orla um ramo de alfarrobeira e amendoeira, florido e fretado de prata, com os pés passados em aspa atados de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: “Tavira-Santiago”.

DESCRIÇÃO HERÁLDICA
Tendo em conta o Parecer da comissão heráldica da Associação de Arqueólogos Portugueses em 4 de Junho de 1998, que foi aprovado, sob proposta da Junta de Freguesia na Segunda Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia em 25 de Junho de 1998.

BANDEIRA
Amarela. Cordão e borlas de ouro e azul. Hasta e lança de ouro.

SELO
Nos termos da lei com a legenda “Junta de Freguesia de Santiago de Tavira”.

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DOS SÍMBOLOS HERÁLDICOS
O Escudo com a cruz de Santiago homenageia a Antiquíssima e Nobre Ordem de Santiago, a que a Freguesia se honra de ter pertencido.
O castelo simboliza o passado histórico da cidade na grande conquista aos Mouros por D. Paio Peres Correia, Cavaleiro Espadatário e Comendador da Ordem de Santiago.
Os ramos de Alfarrobeira e Amendoeira lembram a produção agrícola da região.

Área: 25,70 km², o equivalente a 2.590 hectares
Densidade: 65,4 hab/km²

Localização Geográfica: Insere-se no coração da cidade de Tavira, mas também para Norte, englobando a zona de Santa Margarida.

Localidades da freguesia:
Asseca (sítio partilhado pelas freguesias de Santa Maria e Santo Estêvão), Bernardinheiro, Fojo, Foz, Pêro Gil, Santa Margarida e São Pedro.

Freguesia Limítrofes:
Nascente: Santa Maria
Sul: Costa marítima e Santa Luzia
Poente: Luz de Tavira e Santo Estêvão
Norte: Santa Maria

Distrito: Faro

Origem: A freguesia de Santiago remonta pelo menos ao ano 1270, em que Afonso III doou o seu padroado ao Bispo de Silves por carta régia de 5 de Fevereiro desse ano (averbada a F 109 do Livro I das Doações da CHANCELARIA daquele Monarca).

Personagens históricas: Diogo Mendonça Corte Real foi 1º Ministro de D. João V nasceu na Rua dos Mouros.

Lendas Típicas: Lenda da Moura Encantada do Castelo de Tavira.

População (das duas freguesias):
Número de habitantes - 15.432
(* dados censitários relativos ao ano 2021)

Desenvolvimento Económico:
Sector primário - Agricultura de sequeiro (alfarrobeiras, figueiras e amendoeiras) e regadio (laranjeiras e limoeiros) de pequena parcela vivendo deste sector 30% da população da freguesia.

Sector secundário - Praticamente é um sector com fracos recursos tornando-se quase inexistente, podemos indicar que 10% da população da Freguesia trabalha neste sector.

Sector terciário - A parte restante da população vive do comercio e serviços.